Pela 1ª vez, cidade do Rio não registra mortes por covid-19 em 24 horas.
Pela primeira vez desde o início da pandemia, há cerca de um ano e meio, a cidade do Rio de Janeiro não registrou nenhuma morte por covid-19 neste último sábado, dia 20. Neste mesmo dia, a pasta também não teve nenhuma internação pela doença nos hospitais municipais. A notícia foi compartilhada nas redes sociais da Secretaria municipal de Saúde do Rio na noite deste domingo. Na postagem, o fato é creditado à adesão dos cariocas à vacinação. "É real: vacinas salvam vidas!", destaca o texto. (Continua após a publicidade)
— É a primeira vez, desde março do ano passado, que não recebemos nenhuma notificação de óbitos. É uma notícia muito boa, ótima. Nenhum dos dois sistemas, nem o de sepultamentos e nem o dos hospitais, constataram mortes neste sábado. Pode ser que futuramente alguma morte desse dia seja confirmada após ser investigada. Além disso, a média móvel está em três óbitos por dia, que é a mais baixa desde o iníco da pandemia — reforçou o secretário Daniel Soranz.
Ainda de acordo com ele, apesar dos números, "não é hora de relaxar".
— Vamos completar a vacinação dos adultos com a dose de reforço em maio do ano que vem, projetando cinco meses à frente. Caso realmente toda a população esteja com a terceira dose até lá, certamente teremos um panorama epidemiológico muito parecido com o que temos hoje: zero óbitos, poucos pacientes internados e cada vez menos casos graves. (Continua após a publicidade)
Ainda nas redes sociais, a secretaria convoca a população a se vacinar. Quem tem 12 anos ou mais e ainda não tomou a segunda dose deve ir ao posto de saúde com o comprovante para atualizar o esquema vacinal, respeitando o intervalo mínimo entre doses de cada fabricante. Já quem tem 18 anos ou mais e tomou a segunda dose há 5 meses ou mais, também precisa ir às unidades garantir a dose de reforço. O mesmo vale para quem tem 60 anos ou mais e se vacinou há pelo menos três meses.
Segundo Soranz, a cidade do Rio de Janeiro tem apenas 30 pacientes internados com Covid-19 na rede SUS. Esses leitos ocupados estão distribuídos em hospitais universitários e em uma unidade federal da capital. Neste sábado, a pasta já havia informado que os hospitais municipais do Rio de Janeiro zeraram o número de internados.
Soranz credita o avanço da vacinação contra a doença como responsável pelos bons índices. Além disso, o secretário destacou que a última internação notificada foi na quinta-feira, dia 18, às 18h57, no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), da Uerj, em Vila Isabel, Zona Norte.
— Conforme aumenta a cobertura vacinal, os pacientes que necessitam de internação por Covid-19 estão cada vez mais raros. Com 12 milhões de doses aplicadas e 95% dos adultos vacinados, está cada vez mais raro encontrar um caso grave na cidade. As vacinas funcionam — diz Soranz.
Além do Hupe, os leitos ocupados estão distribuídos entre o Hospital Federal dos Servidores do Estado; a Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ; e o Instituto Nacional de Infectologia (INI) Evandro Chagas, da Fiocruz. Esse último, inclusive, tem hoje 197 leitos destinados à doença e receberá os novos pacientes, funcionando agora como hospital de referência para otimizar a rede pública de saúde.
Segundo a secretaria, há ainda na capital fluminense cerca de 600 mil cariocas com 12 anos ou mais com a vacinação atrasada. Hoje, ainda de acordo com a prefeitura, 76% da população está completamente imunizada na cidade, ou seja, já recebeu as duas doses ou a dose única.
— As vacinas já provavram seu efeito protetivo individual e em grupo. Agora o desafio é avançar na segunda dose dos adolescentes e focar no reforço nos adultos após cinco meses da segunda dose — destaca Soranz.
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